De forma geral, a sessão começa com um momento de conversa e acolhimento. Nesse momento inicial, o arteterapeuta escuta como você está, quais são suas demandas, seus desafios e até como foi sua semana.

Em seguida, vem o momento do fazer. Aqui, você é convidado(a) a se expressar por meio da criação artística – seja desenhando, pintando, colando, modelando, escrevendo ou utilizando qualquer outro recurso expressivo.

Depois da atividade, geralmente há um tempo para partilha, reflexão e fechamento. O arteterapeuta pode te ajudar a perceber sentidos, simbolismos ou sensações que emergiram durante o processo criativo.

Porém, é muito importante reforçar que não há obrigação de falar sobre o que foi criado. Às vezes, a própria criação já cumpre seu papel terapêutico, sem necessidade de colocar em palavras.

E como funciona uma sessão comigo, na prática?

Embora cada profissional tenha seu estilo, eu gosto de estruturar minhas sessões de forma muito acolhedora, leve e, principalmente, respeitando o seu tempo e suas necessidades.

Começamos sentados nas poltronas. Esse é o nosso momento de conversa. Aqui, você pode me contar como está se sentindo, trazer as atualizações da sua semana, falar sobre situações que estejam te incomodando, suas alegrias ou até aquilo que você não sabe exatamente como nomear, mas sente.

Depois desse momento de escuta, te convido a ir até a mesa de criação. Lá, vamos escolher juntos uma atividade que faça sentido com aquilo que você trouxe no nosso papo.

Pode ser que, em uma sessão, a gente pinte. Em outra, a gente modele argila, faça colagem, escreva ou simplesmente desenhe livremente. O importante é que a atividade não é aleatória: ela é escolhida a partir da sua demanda, do seu momento e daquilo que precisa ser cuidado em você.

Enquanto você cria, seguimos conversando, se fizer sentido. Mas também pode acontecer em silêncio, em um espaço de presença, foco e conexão com você mesmo.

No final, se você desejar, podemos conversar sobre sua criação, refletir sobre o que apareceu, ou simplesmente deixar que a arte fale por si, sem a necessidade de traduzir tudo em palavras.

Precisa saber desenhar ou ter algum talento?

De jeito nenhum! Esse é, inclusive, um dos maiores mitos sobre arteterapia. Aqui, o que importa não é o resultado final, nem a estética da obra, mas sim o processo.

O foco não está em criar algo bonito, e sim em criar algo verdadeiro – algo que faça sentido pra você, que te ajude a se ouvir, se olhar, se acolher e, acima de tudo, se cuidar.

Cada sessão é única – porque cada pessoa é única.

É importante lembrar que, assim como cada pessoa é única, cada sessão de arteterapia também será.

Alguns encontros são mais verbais, cheios de conversas, reflexões e descobertas através da palavra. Outros são mais silenciosos, onde a criação ocupa o espaço de fala e permite que sentimentos, sensações e emoções encontrem sua própria linguagem.

Além disso, há dias em que você pode se sentir mais expansiva, com vontade de se expressar livremente, enquanto, em outros momentos, pode preferir algo mais introspectivo, mais leve, mais focado no autocuidado e na autorregulação emocional.

E tudo isso está absolutamente certo, porque a arteterapia não é sobre cumprir uma regra, e sim sobre acolher quem você é, no seu próprio tempo, no seu próprio jeito.

Conclusão: o que acontece em uma sessão de arteterapia?

Acontece acolhimento. Escuta. Criação. Conexão consigo mesmo.

Acontece um espaço onde você pode, simplesmente, ser quem você é – sem julgamentos, sem exigências, sem pressão.

Seja para elaborar emoções, aliviar estresse, fortalecer sua autoestima ou, simplesmente, se reconectar com sua sensibilidade e criatividade, a arteterapia oferece um caminho leve, profundo e transformador.

Portanto, se você estava em dúvida sobre como funciona, agora já sabe: não é sobre saber desenhar, nem sobre fazer certo. É sobre se permitir viver essa experiência, se acolher e se transformar.

O que acontece em uma sessão de arteterapia?
O que acontece em uma sessão de arteterapia?

Referências:

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